SAÚDE 03/10/2018 Saúde Mental de Franco fez eventos na campanha Setembro Amarelo

A cada 45 minutos, uma pessoa comete o suicídio no país. Em razão desse preocupante dado, o Brasil adotou o mês de setembro para desenvolver campanhas de prevenção ao suicídio.
São várias ações que visam sensibilizar a população para os sintomas deste transtorno, sendo o diálogo e a abordagem do problema, considerados a melhor forma de evitar um suicídio.
Em Franco da Rocha, a Saúde Mental do município dedicou o dia 27 para a maior mobilização da campanha Setembro Amarelo. Entre as atividades estiveram palestras motivacionais sobre prevenção ao suicídio e Saúde Mental, além de aula de Yoga, apresentação de Capoeira e até roda de conversa ao som do violão do psicólogo Moisés.
Durante todo o dia, cerca de 100 pessoas passaram pelo CAPS Álcool e Drogas (CAPS AD), onde aconteceram as atividades.

Veja mais fotos das atividades.
Ações
Se no Brasil os números são de preocupar (um suicídio a cada 45 minutos), no mundo uma pessoa põe fim à própria vida a cada 4 segundos. De acordo com a Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal), o suicídio praticamente lidera as causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Diante deste cenário, a coordenadora de enfermagem da UPA 24h, Danila Moreira e a enfermeira Rosângela de Jesus, apresentaram dados na palestra “Escolha Viver”.
As profissionais da Saúde falaram sobre o Setembro Amarelo e sobre atividades preventivas. “A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A princípio as atividades ocorreram em Brasília, mas em 2016 várias regiões do país aderiram ao movimento e também desenvolveram suas ações”, contou Danila.

“A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A princípio as atividades ocorreram em Brasília, mas em 2016 várias regiões do país aderiram ao movimento e também desenvolveram suas ações”, contou Danila.
Sobre o município, a coordenadora explicou que os servidores da UPA 24h de Franco da Rocha são treinados e aplicam procedimento padrão às vítimas de suicídio tentado. Entre esses trâmites está o encaminhamento ao Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
“Temos também importantes trabalhos de prevenção como o atendimento do CVV, que é o Centro de Valorização à Vida e o GASS, que são os Grupos de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio e que acolhem suicidas e seus familiares", detalhou Rosângela
Logo após a apresentação das enfermeiras Danila e Rosângela, a psiquiatra Agnes Yasuda ministrou a palestra “Quebrando Tabu”. Para a médica, um dos grandes desafios diante de situações de suicídios, é aprender a lidar com a morte e especialmente, ajudar os familiares. Por outro lado, a psiquiatra esclareceu dúvidas sobre a ligação dos suicídios com o bullying, o vício em álcool ou drogas e as questões que envolvem a autoimagem e os transtornos de personalidade.

“A solidão também é um fator de risco, por isso é tão importante estarmos aqui desmistificando esse assunto. Hoje a gente tem a cultura de ficar isolado, com celular, tablets e não conversamos mais. A prevenção ao suicídio precisa ser conversada, debatida. Não podemos ignorar a dor do outro”, disse Agnes.
Música
No repertório do psicólogo Moisés, músicas de grande motivação como ‘Conselho’, que diz: “deixe de lado esse baixo astral, erga a cabeça, espante o mal”. Famosa, a composição é de Adilson Bispo e faz sucesso com o grupo Revelação. Outro som de destaque na roda de violão, foi a banda de forró Falamansa, com a animada canção Rindo à Toa, que traz versos de incentivo como: ‘Toda mágoa que passei é motivo pra comemorar, pois se não sofresse assim, não tinha razões pra cantar; Ha ha ha ha ha, mas eu tô rindo à toa”.
(Texto: Adriana Carvalho - Fotos: Luana Nascimento e equipe Saúde Mental)