CULTURA 23/03/2018 Centro Cultural recebe palestra: O valor do feminino

Afinal, o que é ser mulher em nossa sociedade nos dias atuais? Foi levantando essa questão que a psicóloga, terapeuta e orientadora Prem Mukti Mayi iniciou a vivência “O valor do feminino – um olhar sobre novos caminhos”. Organizada pela prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, a palestra ocorreu na última quinta-feira (22), no Centro Cultural Newton Gomes de Sá. O evento reuniu cerca de cem pessoas, incluindo mulheres e homens da comunidade, além de servidores da prefeitura. Veja como foi.
Abrindo a apresentação, a secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Taiana Garcia, falou aos presentes sobre a questão suscitada pela psicóloga. “Nós propusemos essa palestra, saindo um pouco do formato comum, para mostrar à sociedade que é necessário fazer uma avaliação de postura, especialmente nas famílias onde as mulheres não estão contentes e os homens, infelizmente, ainda assumem um lugar de privilégio”, afirmou.
Falando sobre a objetificação do corpo feminino e abordando as diversas formas de manifestação do machismo e da violência contra as mulheres, a vivência propôs aos presentes um momento de reflexão sobre os gêneros masculino e o feminino, as representações destes dois pontos na natureza e, por fim, no cotidiano de cada um.

O Capitão Martinho, comandante da Polícia Militar de Franco da Rocha e a titular da Delegacia da Mulher de Francisco Morato, Marilda de Jesus Reis Romani, também estiveram presentes na palestra. Ela contou um pouco sobre as dificuldades em lidar com a violência doméstica no dia a dia e ressaltou a importância do trabalho desenvolvido na comunidade. “A delegacia da mulher é um projeto genuinamente brasileiro e foi copiado no mundo inteiro. É um orgulho pra mim, enquanto mulher e cidadã, ser parte de um projeto como esse”, conta.
A cada hora, 503 mulheres são vítimas de violência no Brasil e cerca de dois terços da população já presenciou uma mulher sendo agredida de forma física, verbal ou psicológica no último ano. Os dados foram apresentados ao público durante a vivência para conscientizar homens e mulheres sobre a necessidade urgente de uma união para alterar esse quadro.
Para enriquecer ainda mais o encontro, a assistente social e poeta, Erineide Oliveira, convidou o público para uma reflexão acerca do tema. “Vivemos num mundo onde mulheres são ainda consideradas inferiores aos homens e acabam morrendo por isso. Não é uma disputa, não queremos o lugar dos homens, queremos o nosso lugar”.
Ao final da vivência, as mulheres participaram de uma dança com a terapeuta Prem Mukti Mayi, para liberarem juntas a energia positiva que circulou no local e contagiou todos os presentes.

(Texto e Fotos: Luana Nascimento)